instituição que albergava mulheres em regime de clausura, sem no entanto obrigar à tomada de votos religiosos, o que significa que estas podiam regressar à vida secular. O recolhimento era usado numa pluralidade de situações: como repositório de raparigas em idade de casar, garantindo a manutenção da sua honra até ao casamento; como refúgio de casadas em caso de ausência dos maridos ou violência familiar; e ainda, como retiro de viúvas. A generalidade dos recolhimentos estava a cargo das misericórdias ou dioceses, que canalizavam legados testamentários para jovens órfãs, geralmente destinados a conceder dotes de casamento a concurso. Algumas mulheres, sobretudo as casadas e solteiras, pagavam a estadia e o sustento, sendo designadas por porcionistas.
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