“Não esquece, não esquece, até porque, por mais que tenha sido difícil foi o país que me fez crescer, aprendi lá a crescer”.
“Na hora que eu me sentia muito fechada lá eu… vou-me embora, mas quando eu chegava aqui, nos últimos anos que eu vim aqui eu me sentia mal aqui, eu perdi… o meu pai falou isso uma vez para mim ‘você perdeu a identidade, você não sabe onde é tua casa’, porque ficava aqui um mês e tal e eu queria voltar (…) eu ficava muito perdida, nos últimos anos eu estava muito perdida”.
“Então você perde a tua casa, você perde a identidade, eu não sei mais onde é que eu moro, você fica meio que… eu gosto de estar lá, mas eu gosto de estar aqui, é muito complicado isso”.
Ana, natural do Brasil, viveu em Portugal
Entrevista concedida no âmbito do projeto de investigação: “Narrativas Identitárias e Memória Social: a (re)construção da lusofonia em contextos interculturais”, financiado pela FCT (PTDC/CCI-COM/105100/2008
Autoria da imagem: Vano (uso livre)
