pregrinACTION – uma cartografia da Pós Saudade
Portugal
2017
Ricardo de Campos
Barroco/Minimal 1
Casa da Cultura de Monção
Local:
Casa da Cultura de Monção
Curadoria:
ANTÓN SOBRAL IGLESIAS
HELENA MENDES PEREIRA
RICARDO DE CAMPOS
Sinopse:
Monção, numa das margens do rio Minho, é o local escolhido para a assinalar a condição raiana do lugar onde acontece, desde há quarenta anos, a bienal da utopia. Da arte contemporânea e da utopia da descentralização cultural (ou será a nova geografia no epicentro da relação entre a Ibéria e o Atlântico?). Portugal e Espanha partilham, além de fronteiras, uma história de conquista da Liberdade na segunda metade da década de 1970, coincidindo com o fim de regimes ditatoriais, com a morte dos ditadores e com a definição das bases democráticas de uma (nova) sociedade. É neste contexto de mudança e de uma vontade profunda de introdução das vanguardas no campo artístico e, sobretudo, de promoção de debates sobre as novas condições da arte, que Vila Nova de Cerveira virá surgir a sua bienal histórica e que, em 1980, em Vigo, na Galiza, se irá assistir ao aparecimento do grupo de artistas definido como ATLÁNTICA. O que era unido, também, pelo Caminho desde a Idade Média, lugar de passagem de peregrinação, passa a lugar de ação cultural e cívica. Em 2018, procurando restabelecer pontes ao nível da produção cultural e artística, cartografa-se a saudade da efervescência, reativando as pontes sobre o rio. 20 artistas (10 portugueses e 10 espanhóis), geracionalmente próximos, dão assim corpo a uma exposição que se diversifica nas linguagens, mas se intensifica nas mensagens, combinando pintura, escultura e a versão da expansão conceptual de ambas, mas também vídeo, fotografia e os novos media matéricos e instalativos. O que se pretende? Que se debata a arte e a vanguarda, unindo dois países sempre tão próximos na sua histórica através da partilha entre os seus melhores protagonistas: os artistas.
Helena Mendes Pereira