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Até às vezes eu me estranho

Até às vezes eu me estranho

Cabo Verde

2011

Luís Cunha

Entrevistas

Identidades

“Aqui eu sou bem reservado, mas lá não, lá eu sou do povo, quando chego lá, até às vezes eu me estranho, como é que lá eu consigo ficar tão à vontade com as pessoas e aqui eu sou uma pessoa tão reservada…”, “lá eu vou, abraço todo o mundo, como na casa dos outros, aqui não, aqui sou muito reservado”.

“A melhor fase da vida de um jovem é a fase o ensino médio, sem dúvida, mas quem não sair fora para fazer a universidade não viveu, aqui a pessoa cresce, eu cresci muito. Além de ganhar experiência académica eu cresço como pessoa, cresço como homem, aprendo a resolver os meus problemas, andar com os meus próprios pés, aqui não tem o meu pai para resolver os meus problemas, então tenho que ficar firme”.

“Vai com uma mentalidade diferente, modificada, por isso que lá em Cabo Verde uma pessoa que estudou fora tem mais valor, porque além de ganhar a formação académica, que é de qualidade, vai com uma formação pessoal e social de qualidade também”.

 

Juremir, 21 anos, natural de Cabo Verde,  vive no Brasil

Entrevista concedida no âmbito do projeto de investigação: “Narrativas Identitárias e Memória Social: a (re)construção da lusofonia em contextos interculturais”, financiado pela FCT (PTDC/CCI-COM/105100/2008

 

Autoria da imagem: Vano (uso livre)