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A gente tem que aceitar que as pessoas são diferentes

A gente tem que aceitar que as pessoas são diferentes

Portugal

2011

Rosa Cabecinhas

Entrevistas

Lusofonias

“Portugal tinha-se mostrado durante aqueles anos todos numa perspetiva um bocado secundária em relação às relações com África, e portanto sempre numa perspetiva, de certa maneira, de um complexo de culpa, de um complexo de culpa tardio e esse complexo de culpa tem um bocado a ver com essa questão das memórias ou das identidades. A primeira tentativa da gente dizer assim, não interessa, nós temos um mundo, é um novo mundo, quer dizer, temos que fazer coisas e não estarmos a prender-nos nem ao comer alheiras nem às saudades de tempos, que se calhar nunca existiram, que se calhar só existem na nossa imaginação e o facto de falarmos a mesma língua é uma realidade importante, mas eu não tenho ilusões de que as pessoas são iguais ou são as mesmas, há alguns contactos culturais, na gastronomia, na língua, mas a gente tem que aceitar que as pessoas são diferentes…”.

Pedro, natural de Portugal,  viveu em Moçambique

Entrevista concedida no âmbito do projeto de investigação: “Narrativas Identitárias e Memória Social: a (re)construção da lusofonia em contextos interculturais”, financiado pela FCT (PTDC/CCI-COM/105100/2008

 

Autoria da imagem: Vano (uso livre)