Seminário Interdisciplinar discute interculturalidade e consciência histórica

No dia 12 de março será realizado o Seminário Interdisciplinar Interculturalidades e consciência histórica: desafios atuais para a cidadania, a reunir diversos investigadores para partilharem experiências em torno dos estudos sobre consciência histórica, representações sociais, narrativa, identidade, memória cultural, práticas e experiências no sistema educativo, pensando nas dimensões interculturais, transnacionais e globais atuais. O Seminário será realizado no formato online, através da plataforma Zoom, a partir das 14 horas.

O evento conta com a participação de Alberto Sá (CECS), Cassimo Jamal (Universidade Licungo, Moçambique), Francisco Mendes (LAB2PT), Isabel Macedo (CECS), Jacob Cupata (ISCED/CS, UKB, Angola), Marília Gago (IE/UM e CITCEM/UP), Moisés de Lemos Martins (CECS) e Rosa Cabecinhas (CECS). A mediação estará a cargo de de Sheila Khan (CECS) e Alice Balbé (CECS).

Este Seminário é organizado pelo Projeto Memórias, culturas e identidades: o passado e o presente das relações interculturais em Moçambique e Portugal, do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), em parceria com o Laboratório de Paisagens, Património e Território (LAB2PT), o Seminário Permanente Comunicação e Diversidade e o Programa Doutoral em Estudos Culturais.

O programa completo pode ser consultado aqui.

A participação é gratuita, sujeita a inscrição até dia 10 de março, através do preenchimento do formulário.

Alberto Sá: Professor Auxiliar do Departamento de Ciências da Comunicação, onde é vice-diretor, e ensina nas áreas do audiovisual, do multimédia, e no design de comunicação e de publicação digitais. Licenciado em História e Ciências Sociais (Ensino) e com Mestrado em História Urbana Medieval, doutorou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho, em 2012. É investigador do CECS (Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade) onde tem desenvolvido trabalho de investigação sobre os estudos da memória, em particular a mediação tecnológica da memória na era digital. É membro da equipa de investigação do projeto AUDIRE (Audio Repositório: guardar memórias sonoras) e integra o projeto Moda (Monitoring Online Discourse Activity). Foi co-líder do Working Group 2 do projeto e-COST Action IS1205 (Social psychological dynamics of historical representations in the enlarged European Union). É coordenador de evento científico-cultural CURTAS CC (Mostra de trabalhos de Audiovisual e Multimédia dos alunos de licenciatura e mestrado de Ciências da Comunicação – Universidade do Minho). Participa, atualmente, num estudo coletivo sobre o colonialismo e as lutas de libertação presentes nos manuais de história de Moçambique, sob uma perspetiva diacrónica.

Cassimo Manuel Jamal: Natural da Zambézia, Moçambique, licenciado em Ensino de História e Geografia pela Universidade Pedagógica – Maputo, em 2005; mestre em Educação/Ensino de História pela mesma Universidade em 2010; doutorado em Estudos Culturais pela Universidade do Minho em 2019. Docente de História de África na Universidade Pedagógica em Quelimane, desde 2005, tendo sido transformada atualmente para Universidade Licungo. Tem como áreas de investigação Manuais escolares e ensino, Saberes e culturas locais; Identidades e representações sociais e pós-colonialismo.

Francisco Mendes: Professor de Teoria da História no Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Investigador do Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT). Integra, atualmente, um projeto internacional de reforma curricular do Ensino Básico da Guiné-Bissau (RECEB), numa parceria entre o Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação da Guiné-Bissau (INDE) e a Universidade do Minho. Coordenou recentemente dois números temáticos: Configurações – Sociedade, autoridade e pós-memórias (2016) e História. Debates e tendências – História dos conceitos e história intelectual: conexões teórico-metodológicas (2020).

Isabel Macedo: Doutorada em Estudos Culturais pela Universidade do Minho e Universidade de Aveiro, na área da Comunicação e Cultura. A sua tese de doutoramento intitula-se “Migrações, memória cultural e representações identitárias: a literacia fílmica na promoção do diálogo intercultural”. É investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade e integra várias associações nacionais e internacionais na área da comunicação, da educação e da cultura visual. Co-editou a revista Comunicação e Sociedade dedicada ao tema “Ciências da Comunicação e Estudos Lusófonos” e a Vista – Revista de Cultura Visual intitulada “Memória Cultural, Imagem, Arquivo”. Alguns dos seus principais trabalhos são: Representations of Dictatorship in Portuguese Cinema (2017), em co-autoria; Interwoven migration narratives: identity and social representations in the Lusophone world (2016), em co-autoria, e Os jovens e o cinema português: a (des)colonização do imaginário? (2016).

Jacob Lussento Cupata: Licenciado em Ciências da Educação na opção do Ensino da História pela Universidade Agostinho Neto, Mestre em Relações Interculturais pela Universidade Aberta de Lisboa, Docente Assistente no Instituto Superior de Ciências da Educação do Cuanza Sul (ISCED/CS) da Universidade Katyavala Bwila (UKB), leccionando as disciplinas de História de África, Praticas Pedagógicas e Antropologia Cultural. Está a desenvolver o projeto de pesquisa doutoral em Estudos Culturais, sob o tema “Representações sociais da História de África no sistema educativo angolano”.

Marília Gago: Professora de Metodologia do ensino de História e de Estágio Profissional no Mestrado de ensino da História do Departamento de Estudos Integrados de Literacia, Didática e Supervisão do Instituto de Educação da Universidade do Minho. Investigadora do Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória (CITCEM-Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Integra, atualmente, um projeto internacional de reforma curricular do Ensino Básico da Guiné-Bissau (RECEB), numa parceria entre o Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação da Guiné-Bissau (INDE) e a Universidade do Minho. Doutoramento em Educação, Metodologia do ensino de História e Ciências Sociais e Mestrado e pós-doutoramento no âmbito do Projeto de Investigação Consciência Histórica: teoria e práticas II, financiado pela FCT.

Moisés de Lemos Martins: Professor Catedrático da Universidade do Minho, é Diretor do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, que fundou em 2001. Doutorou-se em Ciências Sociais na Universidade de Ciências Humanas de Estrasburgo, em 1984. Ensina e investiga em semiótica social, sociologia da comunicação e da cultura, comunicação intercultural, estudos lusófonos. É Diretor da revista Comunicação e Sociedade e também da Revista Lusófona de Estudos Culturais. Foi Presidente da Sopcom, Confibercom e Lusocom. Entre a sua obra constam: Crise no Castelo da Cultura (2011); L’imaginaire des médias (com Michel Maffesoli, 2011), Portugal Ilustrado em Postais (com Madalena Oliveira, 2011); Caminhos nas Ciências Sociais (2010); Comunicação e Lusofonia (com Helena Sousa e Rosa Cabecinhas, 2006); A Linguagem, a Verdade e o Poder (2002); O Olho de Deus no Discurso Salazarista (1990).

Rosa Cabecinhas: Diretora do Programa Doutoral em Estudos Culturais na Universidade do Minho. É professora no Departamento de Ciências da Comunicação do Instituto de Ciências Sociais e investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Tem desenvolvido investigação de natureza interdisciplinar e integra várias associações nacionais e internacionais nas áreas da comunicação, psicologia, educação e estudos culturais. Os seus principais interesses de investigação conjugam as áreas da comunicação intercultural, memória social, representações sociais, identidades sociais, discriminação social e diversidade. Entre as suas obras, destacam-se os seguintes livros: Preto e Branco: A naturalização da discriminação racial (2017, 2a edição) e, em co-autoria Comunicação Intercultural: Perspectivas, Dilemas e Desafios (2017, 2a edição).

Alice Balbé: Investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) e do projeto Memories, cultures and identities: how the past weights on the present-day intercultural relations in Mozambique and Portugal?. Doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho. Pesquisa temas que incluem representações, lusofonia, comunicação ambiental com incidência sobre as alterações climáticas e redes sociais digitais.

Sheila Khan: Socióloga, investigadora do Centro Estudos de Comunicação e Sociedade, Universidade do Minho. Doutorada em Estudos Étnicos e Culturais pela Universidade de Warwick, tem, no seu percurso académico, centrado a sua atenção nos estudos pós-coloniais, com especial enfoque nas relações entre Moçambique e Portugal, incluindo a questão dos imigrantes moçambicanos em Portugal. De entre os temas que tem trabalhado inclui-se a história e a literatura moçambicana e portuguesa contemporâneas, narrativas de vida e de identidade a partir do Sul global, autoridades de memória e de pós-memória. É de destacar os seus recentes livros, Portugal a Lápis de Cor: A Sul de uma pós-colonialidade (Almedina, 2015); Visitas a João Paulo Borges Coelho: leituras, diálogos e futuros (et al., 2017, Colibri); Mozambique on the Move: Challenges and Reflections (com Paula Meneses e Bjorn Bertelsen, Brill, 2018). Atualmente, investigadora doutorada do projeto financiado pelo Conselho Europeu de Investigação, EXCHANGE e membro da equipa de investigação do projeto FCT/Aga Khan sobre as relações interculturais entre Moçambique e Portugal.